Saturday, September 30, 2006

Shinjuku


Para quem tinha acabado de chegar pela primeira vez ao aeroporto de Narita, depois de mais de 16 horas em dois vôos, um dos quais com 12 horas de duração (e eu sem conseguir pregar olho), Tokyo foi um choque para todos os meus sentidos. Eram 9h da manhã mas o meu corpo só dizia: "Já são horas de deitar"... e ainda me faltavam 2 horas de autocarro no meio de trânsito caótico até chegar ao meu hotel no centro de Tokyo em Shinjuku.
Enquanto o sol irradiava no exterior, mesmo directamente sobre o vidro do meu assento no autocarro, eu tentava desperadamente, sem sucesso, não adormecer de forma a que pudesse ver este estranho mundo novo (sempre que viajo descubro que o caminho do aeroporto para o centro da cidade é sempre um dos melhores exemplos do pior que existe nas cidades......mas não foi o caso de Tokyo).
A cada cabeçada que dava no vidro, que me permita permanecer acordado por mais 2 minutos, deparava-me com uma infinitude de automóveis em que muitos deles tinham um lcd em frente do passageiro da frente (i.e. o pendura) que lhes permitia estar a ver televisão enquanto estavam parados no trânsito. E não eram só os carros mais luxuosos que os tinham ou eram em pequeno número. Até a Renault Kangoo dos gajos das utilities lá do sitio tinha um. E eu a pensar no jeitaço que me dava um desses no meu carro sempre que estivesse parado no trânsito a caminho do trabalho em Lisboa .
Depois de 2 horas entre este mundo e o outro, chego ao meu destino: a barraca do Keyo Plaza Hotel mesmo no centro do coração administrativo da capital do Japão (em frente ficava o edificio de escritórios mais alto do Japão: a Câmara Municipal de Tokyo onde trabalham 13000 pessoas).
E eu só pedia a todos os santos que o meu quarto estivesse pronto para poder dormir em algo melhor que um assento da classe económica da British Airways.

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